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Gilvaneide Holanda - Afrodite se quiser. Tecnologia do Blogger.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Partidos políticos que PERDERAM sua referência IDEOLÓGICA


           É perceptível essa onda decrescente de identidade partidária. Não conseguimos mais identificar quem apoia o quê, o que defende, o que prioriza e o que reprime. Não obstante, a população também mergulha nessa onda, configuram-se como eleitores pouco racionais e acabam cooperando com a massa de eleitores insatisfeitos com seus representantes políticos.
Observa-se, além do mais, que os eleitores são levados por ondas momentâneas, que proporciona comportamentos mais instáveis no sistema democrático. Infelizmente essas atitudes são motivadas por linderanças políticas sem identidade partidária, que direciona sua postura política sempre ao encontro do PODER, do seu interesse próprio e não no bem comum. Esse fato leva a sérias contradições políticas, os quais a história pode nos comprovar.
    O eleitor consciente é detentor de mais conhecimento sobre política e mais mobilizado. Por sua vez, o eleitor que não apresenta ideologia política está a mercê de ser manipulado por certos políticos, através do que costumo chamar de ondas momentâneas. Este tipo de eleitor, se questionado sobre os motivos os quais escolheu seu voto, não transmitirá segurança e clareza. Certamente seu voto não foi motivado por ideologia política, mas sobretudo por "forças maiores".

Para ficar mais claro, vamos refletir sobre a política apodiense.


Ultimamente os partidos políticos têm dado "um nó" na cabeça dos eleitores. Observa-se uma grande contradição nas alianças declaradas (algumas estão camufladas). Partido X que autodefine-se como vermelho, bicudo, da cal; hoje encontra-se em divergência. Partido Y que autodefine-se como verde, bacurau, da pinha, viu-se dividir e confrontar-se. O mais lastimável é que essas facetas não tem origem em uma evolução política, mas em uma regressão de identidade partidária e uma ambição pelo poder.

Portanto, acredito naquele que tem posição política, ideologia clara e que não dissimula com cores, codinomes e discursos contraditórios. Acredito naquele que segue coeso, que apresenta maturidade política e que difere dos outros partidos políticos que fazem alianças parecidas, sem sentido histórico
Eu faço parte da massa jovem que acredita. EU ACREDITO!


Gil. vaneide Holanda

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Holocausto da SECA - O sofrimento bem perto de nós.

          Existem fragmentos da nossa história negligenciados pelos livros que até soam contestáveis quando a única fonte de acesso é a memória popular. Poucos momentos da História são tão enraizados na memória da humanidade quanto à construção dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (1930-1945). Um cenário de terror no qual milhões de judeus perderam a vida com requintes de crueldade, flagelo e exposição às mais extremas formas de humilhação.
         O que não está dito nos livros, porém, é que um pedaço do Brasil tem muito em comum com a Alemanha de Hitler, embora que em menor proporção.
Se na Europa de Hitler o objetivo era desafiar a ciência na tentativa de provar a existência de uma raça pura, para o Governo cearense a batalha era evitar que as vítimas da seca manchassem a imagem da capital, Fortaleza.
            Tudo começou bem antes da seca de 1932, com a chegada dos engenheiros ingleses para construção de uma grande barragem - uma grande obra, para amenizar a seca daquele pedaço de nordeste. O problema, no entanto, é que a obra não fora concluída e os ingleses regressaram a sua terra natal, deixando para trás casarões vazios e um canteiro de obras ameaçado a se transformar em mais um elefante branco do Governo. Por não ter o que plantar, as famílias ruralistas do Ceará voltaram a ser vencidas pelo desespero de não ter o que comer: tangidos pela fome e pela sede, a única esperança de sobrevivência para o homem do campo era tentar a vida na cidade grande, migrando em bandos  pelas ferrovias que cortavam o Estado.
        No entanto,  a estratégia para aglomerar 'os famintos' foi IMPIEDOSA, se valendo de todos os recursos e elementos necessários para atraí-los. O Governo organizou amontoados de miseráveis em uma região conhecida como Açude Patu, o Governo dizia que eles encontrariam comida, médico e moradia. O espaço transformou-se em um verdadeiro vale de suplício, sangue e sofrimento.

" Tem gente enterrada embaixo da minha casa, tem gente enterrada embaixo dos seus pés" Carmélia Gomes, testemunha viva do Holocausto.

PROPOSIÇÃO DO BLOG

Ótima matéria de Hugo Lima. Quem se curva a dor do Holocausto dos judeus precisa conhecer o Holocausto cearense, acostumado com a dor, a seca e o descaso. Recomendo ler a matéria na íntegra na revista Contexto, de Mossoró.




Gil. vaneide Holanda